quarta-feira, 16 de março de 2011

Japão

Autoridades japonesas correm contra o tempo em busca de sobreviventes

Autoridades japonesas correm contra o tempo em busca de sobreviventes
Tóquio, 14 mar (EFE).- As equipes de resgate trabalham nesta segunda-feira contra o relógio na busca por sobreviventes nas regiões atingidas pelo terremoto no Japão, onde o número de mortos não para de aumentar.
Embora a apuração oficial seja de 1.833 mortos e 2.369 desaparecidos, a agência de notícias "Kyodo", órgão oficial do governo japonês, divulgou que cerca de 2 mil corpos foram encontrados no litoral da província de Miyagi, a mais afetada pelo violento tremor ocorrido na última sexta-feira e o posterior tsunami gerado por ele.
A agência japonesa fala também de 5.000 vítimas entre mortos e desaparecidos, mas seus dados não foram confirmados pelo governo, que contabiliza 15 mil resgates.
Outros 300 corpos também foram localizados sob os escombros, mas ainda não puderam ser resgatados na cidade de Sendai, e não se têm notícias desde a última sexta-feira de 8 mil moradores de Otsuchi, uma comunidade litorânea da província de Iwate.
Até 10 mil pessoas também podem ter morrido em Misamisanriku, mas neste caso as autoridades averiguam se elas conseguiram fugir a tempo e se refugiar na cidade vizinha de Tome.
Cerca de 100 mil militares japoneses, ajudados por centenas de voluntários estrangeiros especialistas em salvamento, seguem rastreando a zona devastada em busca de vítimas soterradas nas ruínas de edifícios ou que foram levadas mar adentro por ondas gigantes de até dez metros de altura.
Aos socorristas se uniram na manhã desta segunda uma brigada de agentes de proteção civil, engenheiros e cães adestrados enviados pelo México, um dos 91 países que ofereceram ajuda ao governo japonês.
Tóquio anunciou que convocará milhares de reservistas para reforçar as tropas e agilizar a ajuda aos desabrigados - a primeira vez que isso ocorre em uma situação de crise nacional.
As equipes de resgate encontram muitas dificuldades por causa das constantes réplicas do terremoto, que não deverão cessar nesta semana e cuja intensidade pode chegar até 7 graus de magnitude, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão.
O terremoto danificou total ou parcialmente mais de 63 mil edifícios, 561 mil linhas telefônicas e 221 mil conexões à internet, segundo o Departamento de Controle de Desastres.
Os danos em estradas e infraestruturas no nordeste da ilha de Honshu também prejudicam ainda mais a situação dos resgatados, que suportam com resignação longas filas para receber a ajuda que chega em por terra, mar e ar.
Até 2,6 milhões de pessoas estão sem eletricidade, mais de três milhões não têm acesso a água potável e faltam comida, óleo para cozinhar e outros artigos básicos, segundo dados do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
"Não temos nada para comer ou beber e nenhuma informação", lamentou o prefeito de Ishinomaki, Hiroshi Kameyama, em entrevista à rede de televisão "NHK".
A população de 165 mil habitantes da província de Iwate é uma das dezenas praticamente isoladas pelas dificuldades no transporte de assistência humanitária por caminhos praticamente intransitáveis devido a destroços, árvores caídas e pontes derrubadas.
A maioria de seus residentes fazem parte dos mais de 500 mil desabrigados que estão há três noites dormindo às escuras em refúgios devido à falta de energia elétrica.
A OCHA indicou que as necessidades mais urgentes são comida fresca, água potável e remédios, mas também cobertores e gás para calefação, devido ao intenso frio.

Japão

Japão diz que radioatividade em torno de usina nuclear diminuiu

VIENA (Reuters) - O Japão informou que houve um aumento inicial de radioatividade em torno de uma usina atingida pelo terremoto neste sábado, mas que os níveis 'foram observados diminuíram nas últimas horas', disse a agência da ONU para energia nuclear com sede em Viena.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), também disse que tinha sido informada pelas autoridades japonesas que a explosão de sábado na fábrica de Fukushima Daiichi, ocorreu fora do vaso de contenção primária.
'O operador de usina, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO), confirmou que a integridade do vaso de contenção primária permanece intacta', disse em um comunicado.

Comoção pelo terremoto deixa as ruas de Tóquio desertas
Tóquio, 12 mar (EFE).- As ruas de Tóquio, famosas por seu ritmo dinâmico, estão praticamente desertas neste sábado e as poucas pessoas que saíram de casa refletem em seus rostos a preocupação e a comoção por causa do terremoto de sexta-feira, o maior da 
história do Japão.

As principais ruas de uma cidade de mais de 30 milhões de habitantes quase não contavam com pedestres e veículos ao meio-dia deste sábado, mas aos poucos a capital japonesa vai retomando seu ritmo.
A normalidade voltou ao sistema de comunicações e transportes depois que na sexta-feira as linhas telefônicas foram afetadas e que a paralisação do metrô de Tóquio e dos trens de regiões próximas obrigou milhares de pessoas a dormir em locais improvisados como pavilhões, colégios ou seus próprios escritórios.
Mesmo assim, persistem sequelas do caos que se instaurou no país e nem todos os supermercados estão abastecidos.
Megafones pedem em diversos pontos da capital japonesa aos cidadãos que reduzam o consumo de energia ao mínimo e a operadora de eletricidade Tokyo Electric Power (Tepco) alertou desde a primeira hora que podem ocorrer blecautes em muitas áreas do Japão, já que alguns geradores foram danificados pelo forte terremoto.
Neste sábado de sol no Japão, a maioria dos cidadãos de Tóquio preferiu permanecer em suas casas e acompanhar pela televisão ou pela internet as consequências do terremoto de 8,9 graus na escala Richter.
No bairro de Ginza, onde estão concentradas as lojas de luxo de Tóquio, quase não se viam pessoas circulando neste sábado.
"Normalmente, a esta hora já recebi dezenas de clientes, mas até agora só entraram duas senhoras", disse à Efe uma cabeleireira do bairro.
Nas ruas, os rostos dos pedestres revelavam preocupação e o movimento era bem menor do que habitual.
"Tentamos levar uma vida normal", disse à Efe um pai que estava com seu filho, quem acrescentou que não consegue "impedir que a tragédia volte" a seu pensamento.
As plataformas da estação do metrô funcionavam desde primeira hora da manhã, uma vez que desde as 22h de sexta-feira no horário local (10h de Brasília) voltou-se a estabelecer o serviço, que ficou paralisado por sete horas.
Além disso, mais de 900 voos foram cancelados na sexta-feira nos aeroportos do Japão e os de Tóquio, Narita e Haneda, abriram neste sábado suas pistas, embora tenham sido registrados alguns atrasos e problemas nos acessos por estrada. EFE

Explosão em usina nuclear aumenta tensão no Japão

"Da Agência Brasil"

Brasília - Uma explosão ocorreu hoje (12) em uma usina nuclear na província de Fukushima, no Nordeste do Japão, a cerca de 250 quilômetros de Tóquio. O governo

japonês já confirmou que, com a explosão, material radioativo como césio e  

iodo radioativos vazaram do interior da usina danificada pelo terremoto que atingiu o país, ontem (11).

O governo decretou estado de emergência nuclear na região do acidente. Enquanto especialistas tentam determinar os níveis de radiação no local, milhares de pessoas receberam ordens para sair da região em um raio de 20 quilômetros da usina de Fukushima. A Companhia Elétrica de Tóquio, operadora da usina, informou que quatro funcionários ficaram feridos na explosão.

Embora ainda não se saiba exatamente em que parte da usina a explosão ocorreu, as autoridades japonesas negam que o reator tenha sido atingida. Ainda assim, a própria agência nuclear do Japão não descarta que a detecção dos elementos radioativos possa indicar que os recipientes com combustível de urânio no interior do reator tenham começado a derreter.

Ontem mesmo o governo japonês já havia informado que os níveis de radiação dentro da Usina Fukushima 1 haviam aumentado quatro mil vezes. A pressão dentro de um dos seis reatores de água fervente na usina aumentou após o sistema de refrigeração ter sido danificado pelo terremoto. No portão da usina, a radiação aumentou oito vezes. O calor produzido pela atividade nuclear dentro do núcleo do reator necessita ser dissipado, mesmo após seu desligamento.

O estado de emergência nuclear foi declarado pelo governo japonês após o sistema de resfriamento de cinco usinas falhar e provocar o risco de um vazamento. A usina onde ocorreu a explosão, a Fukushima 1, foi uma das muitas instalações do Japão danificadas pelo forte terremoto, seguido por um tsunami, que atingiu o país.

Cidades e vilarejos inteiros foram destruídos pelo tremor de 8,8 de magnitude e por ondas de até 10 metros. Até o momento, a polícia japonesa já confirmou a morte de pelo menos 560 pessoas, mas o número não para de aumentar. Mais de 200 mil pessoas estão em abrigos de emergência


Dólar sobe e fecha a semana em alta de 1,28%, maior valorização em 3 meses
SÃO PAULO – O dólar comercial terminou a sexta-feira (11) em alta de 0,30%, a terceira sessão consecutiva de valorização, terminando o dia cotado a R$ 1,666 na venda, acumulando alta de 1,28% na semana - maior valorização em três meses. O dia contou com duas operações de compra por parte do BC e o anúncio do Ministério da Fazenda de que não haverão novas medidas cambiais pelo governo. 
O BC realizou duas intervenções na ponta da compra no mercado à vista, sendo a primeira entre 12h47 (horário de Brasília) e 12h52, com taxa de corte em R$ 1,6622. A segunda operação teve início às 15h50 e término às 15h55, com taxa aceita em R$ 1,666.
Contrariando o esperado, a assessoria do Ministério da Fazenda afirmou que o governo não adotará novas medidas para conter a valorização do real frente ao dólar. No entanto, os investidores ainda aguardam a posição definitiva da instituição. As principais apostas dos investidores dão conta de um aumento do IOF (Imposto sobre Operação Financeira) para os investimentos estrangeiros.
Ainda no front doméstico, duas divulgações de índices inflacionários. O IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) da primeira semana de março apontou inflação de 0,44%, queda quando comparada com o mesmo período de fevereiro, onde a variação havia sido de 1,12%. Já o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) apontou alta de 0,48% na primeira semana de março, taxa 0,18 ponto percentual menor do que a apurada no mesmo período do segundo mês do ano.

Indicadores internacionais
Nos Estados Unidos, destaque para as vendas ao varejo, que avançaram 1% em fevereiro, em linha com o esperado. Todavia, a confiança do consumidor, medida pela Universidade de Michigan, decepcionou em março. O Michigan Sentiment apontou 68,2 pontos, resultado inferior às expectativas do mercado, de 76,5 pontos. 
Já na China, a divulgação da inflação ao consumidor de fevereiro em 4,9%, levemente acima das expectativas para o mês, pode indicar um novo ciclo de aperto monetário, uma vez que o governo se demonstra firme em seu propósito de reduzir as pressões inflacionárias. 
Dólar tem alta de 0,30%
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,6640 na compra e R$ 1,6660 na venda, alta de 0,30% em relação ao fechamento anterior.  Com esta alta, o dólar acumula valorização de 0,18% em março, frente a queda de 0,66% em fevereiro. No ano a desvalorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 0,01%.
Dólar futuro na BM&F também em alta
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em abril, segue o dia cotado a R$ 1,672, leve alta de 0,09% em relação ao fechamento de R$ 1,670 da última quinta-feira. O contrato com vencimento em maio, por sua vez, opera em leve alta de 0,06%, atingindo R$ 1,682 frente à R$ 1,681 do fechamento de quinta-feira. 
O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,6640000.
FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 2,91 para maio de 2011, 0,01 ponto percentual acima ao que foi registrado na sessão anterior.
Mais de mil pessoas podem ter morrido no terremoto no Japão, segundo "Kyodo"

EFE
Primeiro ministro japonês diz que danos causados pelo terremoto foram "grandes"

Tóquio, 11 mar (EFE).- Mais de mil pessoas podem ter morrido devido ao forte terremoto que sacudiu hoje o leste do Japão e que provocou um tsunami que levou pela frente centenas de imóveis e veículos, informou a agência "Kyodo", órgão oficial do governo japonês.
O Ministério da Defesa disse que cerca de 1.800 casas na província de Fukushima foram destruídas, por isso o número final de mortos pode passar de mil, segundo a "Kyodo".
Por enquanto, a apuração oficial fala de 137 mortos pelo terremoto, enquanto as autoridades da cidade de Sendai dizem que pode haver entre 200 e 300 vítimas por causa do tsunami que devastou essa região litorânea.
Tóquio, 11 mar (EFE).- Cerca de 60 réplicas do terremoto de 8,9 graus na escala Richter, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que às 14h46 (horário local, 2h46 de Brasília) sacudiu nesta sexta-feira o nordeste do Japão foram sentidos durante o resto do dia no país, segundo a Agência Meteorológica japonesa.
A intensidade das réplicas oscilou entre o nível 3 e o 5 na escala japonesa, com um máximo de 7 - o do devastador terremoto - e que se centra mais nas zonas afetadas que na intensidade do tremor.
Logo após acontecer o terremoto, o maior da história do Japão, houve cinco tremores mais de pelo menos 7 graus na escala aberta de Richter e, desde as 15h45 (3h45 de Brasília), as réplicas oscilaram entre os 3,8 graus e 6,8 graus Richter.
A réplica de 6,8 graus foi registrada às 16h20 (4h20 de Brasília) e a de 3,8 graus na escala Richter aconteceu às 20h16 (8h16).
O Governo do Japão pediu à população que esteja preparada para novas réplicas, que inclusive poderiam chegar a atingir a mesma intensidade que o terremoto desencadeante de um tsunami no litoral leste do país.
Tóquio, 11 mar (EFE).- O Governo do Japão advertiu que o terremoto que atingiu o país nesta sexta-feira causou um número "extremamente alto" de vítimas e pediu à população que esteja preparada para novas réplicas de grande intensidade.
A última apuração oficial eleva a pelo menos 137 o número de mortos por conta do terremoto de 8,9 graus Richter, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), enquanto o tsunami registrado em seguida teria causado pelo menos outras 200 mortes na cidade de Sendai, segundo as autoridades locais.
O porta-voz do Governo, Yukio Edano, pediu aos cidadãos que se mantenham em alerta para possíveis réplicas, que, segundo disse, poderiam alcançar a mesma intensidade do terremoto original.
O tremor destruiu edifícios e paralisou o transporte no nordeste do Japão, enquanto o tsunami arrastou centenas de casas e veículos e, por isso, espera-se que o número de vítimas fatais se eleve com o passar das horas.
O Ministério da Defesa informou que foi criada uma força conjunta com os militares dos EUA desdobrados no país para realizar os trabalhos de resgate.
Neste sentido, Edano detalhou que as forças americanas estão avaliando a possibilidade de enviar um porta-aviões com helicópteros para participar das operações, enquanto o Ministério da Defesa conta com 300 aviões e 40 navios para executar os trabalhos de assistência.
As buscas estão especialmente intensas nas províncias de Miyagi e Iwate, duas das mais afetadas pelo terremoto, que teve seu epicentro a 130 quilômetros do litoral e a 20 quilômetros de profundidade.